A viagem à Índia é sempre uma caixinha de surpresas, não só pelas diferenças religiosas e culturais, mas também por conta da nossa organização para embarcar.
Ao contrário das viagens que costumo fazer e até pela segurança, fechamos um pacote turístico com uma agência chamada SetTravel no Brasil, representada pela Special Tours na Índia. Muitos viajantes se arriscam montando o roteiro por conta própria, mas se você quiser ir para lá – e especialmente se for mulher – eu recomendo fechar com alguma agência.
Veja o roteiro que fizemos entitulado de Grande Índia, que contempla 16 noites por este país e inclui as cidades: Bombay (Mumbai), Jaisalmer, Jodhpur, Udaipur, Jaipur, Agra, Khajuraho, Varanasi e Nova Delhi.

1º e 2º dias: Bombay (Mumbai)
Foram 3 noites na maior e mais importante cidade da Índia.
Como ficamos apenas um dia inteiro, fizemos uma espécie de city tour para conhecer os principais pontos turísticos.
A visita inclui a zona colonial, os edíficios antigos, a Porta da Índia e a maior concentração de lavandeiros do mundo: Dhobu Ghat. Também passamos por Malabar Hill para ver os “Jardins Pendurados”, por Marine Drive e outros pontos turísticos da cidade.






Hospedagem em Mumbai: Fariyas Hotel Mumbai
3º dia: Bombay, Jodhpur e Jaisalmer
Pegamos um voo de Bombay para Jodhpur que fica no estado do Rajastão, noroeste do país.
Após o voo, iniciamos um longo trajeto de carro e paramos em Pokharan para visita no Forte (é possível almoçar por lá, apesar de ser meio caro e não valer o preço rs).
Pela estrada para Jaisalmer atravessamos o deserto do Thar. O colorido das casas e o pôr do sol faz com que este seja considerado um dos lugares mágicos da Índia.


Hospedagem em Jaisalmer: The Desert Palace
4º dia: Jaisalmer
Jaisalmer é conhecida como a “Cidade Dourada“. Por lá é possível conhecer o Palácio Maharaja Mahal com sete templos Jainistas e dois hindus, já na fronteira com o Paquistão.
No verão a cidade é desumanamente quente. Poucas pessoas visitam a cidade e seguem o roteiro tradicional, mas foi um lugar que nos surpreendeu.




O guia conhecia um lugar de massagem sensacional na cidade, mas era em uma casa e não tinha nome. Pergunte ao seu guia quando estiver por lá: foi a melhor massagem que fizemos na Índia!
À noite aproveitamos o deserto em um passeio de camelo.
5º dia: Jaisalmer e Jodhpur
No caminho de volta à Jodhpur, conhecemos a Cidade Azul, paramos em Jaswant Thada e seguimos para o Forte Meherangarh.




Hospedagem em Jodhpur: Sarovar Park Plaza
6º dia: Jodhpur, Ranakpur e Udaipur
Seguimos viagem pela estrada para Ranakpur, complexo de templos jainistas. Visitamos o Templo de Adinath considerado o maior e mais belo da Índia, construído em mármore branco.


Continuamos de carro para Udaipur, capital do antigo Reino de Mewar, que com seus lagos artificiais e os canais que os conectam, se mostra como um oásis dentro do deserto.

Hospedagem em Udaipur: Mewargarh Udaipur
7º dia: Udaipur
Visitamos o Palácio dos Marajás às margens do Lago Pichola. Dentro do palácio – agora convertido em Museu da cidade – há um labirinto de pátios, terraços, galerias e jardins (muito grande mesmo).



Caminhamos até o Templo Jagdish, construído por Jagat Sinh I em 1651 e exemplo da arquitetura indo-ariana.


Em seguida, fomos ao Jardim das Damas de Honra (Sehellon KiBari), um jardim ornamental localizado no segundo grande lago de Udaipur, Fateh Sagar, construído para uma princesa e usado como um lugar de descanso e passeio.
8º dia: Udaipur e Jaipur
Saímos pela estrada para o norte de Udaipur para visitar Ekliingji e Nagda, complexo composto por um templo dedicado a Shiva e 108 santuários.

Muitos turistas pulam o roteiro acima para ir direto à Jaipur, capital do estado de Rajastão que foi construída no século XVIII pelo marajá Jai Singh II. O comércio, as indústrias de tecidos e a joalheria fazem Jaipur ser bem movimentada.
Jaipur também é chamada de “Cidade Rosa” pela cor das suas casas. Por lá conhecemos ao templo Birla Mandir e assistimos à cerimônia Aarti (em sânscrito, dissipador da escuridão). Após a cerimônia, um jantar típico e um show de danças nos aguardavam no Palácio Narain Niwas.


Hospedagem em Jaipur: Park Regis Jaipur

9º dia: Jaipur
Em Jaipur visitamos também o Forte Amber onde é possível andar de elefante (o passeio não é recomendado pelas agências pelos maus tratos, então subimos de jeep).



A tarde visitamos o Hawa Mahal – ou Palácio dos Ventos – que segundo o guia não era possível conhecer o interior (acho que dá sim, só deve ter sido um erro no roteiro).

10º dia: Jaipur e Agra
Saindo de Jaipur à Agra, visitamos Abhaneri e seus monumentos medievais dos rajputs como o Chand Baori e o Templo de Harshat Mata dedicado ao deus Vishnú.

Panch Mahal foi nossa próxima parada localizado em Fatehpur Sikri, uma cidade indiana com aproximadamente 500 anos que foi abandonada catorze anos depois da sua construção por falta de água.

No mesmo dia, visitamos o monumento arquitetônico mais famoso do mundo: o Taj Mahal, construído pelo imperador muçulmano Shah Jahan em honra de sua esposa favorita – Arjumand Bano Begum – mais conhecida como Mumtaz Mahal.

Hospedagem em Agra: Crystal Sarovar Premiere
11º dia: Agra
Ainda em Agra, conhecemos o Forte Vermelho, construído em pedra de arenito vermelha pelo imperador mongol Akbar e também o Mausoléu de Itimad-Ud-Daulah, conhecido como “o pequeno Taj”.


Antes de deixar Agra, visitamos os jardins Mhtab Bagh, para ver o entardecer do Taj Mahal do outro lado do rio Yamuna.

12º dia: Agra, Jhansi e Khajuraho
Fomos de trem à Jhansi e de lá seguimos de carro para a cidade de Orchha para visitar templos como o Raj Mandir e o Jahangir Mahal.

Continuamos de carro para Khajuraho no estado de Madhya Pradesh, que foi capital religiosa na dinastia dos Chandela.

Hospedagem em Khajuraho: Golden Tulip Kassel Hotel Reiss
13º dia: Khajuraho
Khajuraho é também extremamente quente no verão e possui um conjunto dos maiores templos hinduístas do país, famosos por suas esculturas eróticas que são Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
Essa visita eu pulei porque o calor me deu enxaqueca, mas basicamente os templos que se destacam no complexo são os de Lakshmana, Kandariya Mahadeva e Devi Jagadambi, todos eles construídos nos séculos X e XI durante o auge da dinastia Chandela. Na parte oriental dos templos de Khajuraho, há também aqueles de inspiração jaimista: o Templo de Parsvanath e o pequeno Templo de Adinath.



Eu descartaria a visita à cidade e achei muita coisa passar duas noites por lá, mas se já estiver no seu roteiro recomendo incluir uma massagem ayurvédica na programação.
14º dia: Khajuraho e Varanasi
Varanasi é parada obrigatória por conta do rio Ganges.
No final da tarde é possível fazer o passeio de barco acompanhando a cerimônia Aarti, que acontece nos ghats (escadas paralelas ao rio Ganges e pelas quais descem os peregrinos para purificarem-se).

A chegada ao rio é bem caótica em meio aos peregrinos que caminharam cerca de 35km até lá (muitas vezes descalços). A cerimônia em si é bonita e o passeio faz todo sentido para quem quer conhecer mais sobre a cultura e a fé dos indianos.



Hospedagem em Varanasi: Madin
15º dia: Varanasi e Nova Delhi
Antes do amanhecer, voltamos ao Ganges para ver o banhos dos peregrinos no rio e os rituais de purificação.
No caminho para o aeroporto, ainda conhecemos Sarnath, uma das quatro cidades santas do budismo e o lugar onde Buda predicou o budismo por primeira vez. Embarcamos então para a última cidade: Nova Delhi.


16º dia: Nova Delhi
Em Delhi, capital da Índia, a nossa paciência para tours já tinha se esgotado rs.
Por ser uma cidade bem grande (e com muito, muito trânsito) recomendo que passem mais dias por lá para aproveitar outras coisas além dos pontos turísticos. Visitamos o Dhobi Ghat, lugar onde vivem e trabalham a comunidade dos tradicionais lavadeiros de roupa (menor do que a de Mumbai), Qutab Minar (ou Torre da Vitória), o Túmulo de Humayun e passamos de carro pela Porta da Índia, onde percorremos a área dos edifícios governamentais que inclui o Palácio Presidencial e o Parlamento.


Também visitamos o Templo Sikh mas faltou o templo hindu Birla, inaugurado por Mahatma Gandhi. Gandhi Smriti (também conhecida como Birla House) está localizada em Delhi e é a casa onde Mahatma Gandhi viveu os últimos 144 dias de sua vida.


Hospedagem em Nova Delhi: Hilton Garden Inn New Delhi
Para não prolongar este post, em breve vou escrever os meus comentários sobre a agência, o roteiro e outras dicas. Alguns posts você já encontra linkados no texto.
Não detalhei nesse roteiro apenas paradas em lojas que já estavam na programação da agência. Uma porque os valores eram altos, outra por não ser o intuito do post.
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